domingo, 28 de junho de 2009

Common disaster

Quando nos olhamos nos olhos, quando damos as mãos, quando dizemos mentiras ao ouvido um do outro, sentimos a energia do universo girar com força.

Porque nos enganamos há meses. Porque dissemos mentiras incorrigíveis ( e inaceitáveis). Porque o orgulho fala mais alto. Porque o medo reina. Porque paira no ar a insegurança do que não conseguimos fazer o outro acreditar.

E eu lamento muito.E lamento porque, de facto, os teus olhos brilhavam mais quando a alegria que sentias, era de me ver. Porque as tuas mãos eram mais macias, e mais quentes, quando apertavam as minhas. As mentiras soavam a piada, e eu ria. E tu também.

Sempre que olhei para o futuro, do passado onde nos cruzamos, não via o presente. Este presente. Via que nós 'os dois' era uma coisa possível, e que funcionaria, simplesmente porque...nos amaríamos até mais não.

E a cumplicidade que te vejo aqui nos olhos, sumiu. Desapareceu. Não consigo sequer ouvir o seu eco, nem mesmo lá...ao longe.



Parece que a energia do Universo gira mesmo com força, mas ao contrário.

Quando é que vamos caminhar na mesma direcção? (ainda que, já não de mãos dadas)

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