quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

''Às vezes é incrivel o que consigo sentir quando estou perto de ti...''

Pode até não parecer, mas este dia foi muito triste para mim. Tinha-te perdido há pouco, e tudo parecia escuro, e nada fazia sentido, as coisas já não encaixavam direito...A memória que tenho, é de pensar que não conseguia por os pés no chão e apoiá-los com firmeza. Já em nada tinha firmeza. Faltava-me o ar a respirar...vieram as crises de ansiedade, as noites sem dormir. Nós não somos todos iguais, e não sentimos todos as coisas da mesma forma.
Neste dia, tinha planeado mais uma vez ficar em casa, quieta, sem me mexer, no lugar. Naquele lugar seguro, onde ninguém podia tocar-me com um dedo e magoar-me. Mas uma alma doce, uma amiga de coração, sincera, linda....agarrou-me na mão e tirou-me dali. Foi a primeira vez que voltei a sair à rua.
Sentia-me mal...tinha a sensação de que estava a trair a dor que devia sentir por ti. Sentia que tinha que sofrer mais ainda. Mas ela mostrou-me que não é por sofrermos mais, que gostamos mais das pessoas. O amor que lhes dedicamos, o que fizemos pelas pessoas que perdemos, isso cabe-nos a nós guardar. E guardamos onde queremos.
Eu, tenho um lugarzinho especial no meu coração, um cantinho, onde guardo as coisas bonitas e que valem a pena ficar. É um cantinho muito grande, e quando passo por lá encontro memórias de coisas muito bonitas.

Parte II

Tu também estás lá. Dizes que queres sair, mas eu sei que não queres. Quando ameaço tirar-te de vez, o teu discurso muda. Ficas com o mesmo medo que eu senti durante todo este tempo. O medo não deve ser um sentimento que alimenta nada. O medo só alimenta mais medo. Sofrimento, dor...

Está a doer. Tu sabes que está a doer. Como eu sei que te doeu um dia. Pronto, agora estamos de contas acertadas. (??)
Eu acho que não.

:(


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